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Classificação Ecológica Sucessional – Climax ou Transicional?

Deveríamos repensar a nomenclatura da Classificação Ecológica Sucessionais?

Estudando Agrofloresta e Agricultura Sintrópica, é muito interessante olhar para os conceitos do Ernest Gotsch e principalmente para algumas encrencas dele com a nomenclatura usada para os fenômenos.

Campo sujo, capoeira, qual é a origem dessas palavras e como essas nomenclaturas nos fazem relacionar com esses fenômenos.

Afinal qual é o problema de devastar um Campo sujo? Uma Capoeira?

Entrando nessa linha é abordado a questão do Climax vemos o Climax na classificação sucessional  como aquelas árvores milenares, árvores que estão presentes na floresta há muito tempo. A crítica principal desse pensamento é justamente com a questão de ápice que a nomenclatura gera, confrontando diretamente com a idéia de ciclo.

Uma vez que você atinge o ápice o climax não há mais nada a ser feito.

Com essa idéia em mente a mudança da nomenclatura é importante, e para o Ernest o ideal seria chamarmos essa classificação de Transicional.

O que seria uma Árvore Transicional? As transicionais seriam aquelas que observam todas as transições abaixo dela. Ou seja, normalmente as árvores transicionais ocupam o estrato emergente, e sobem acima do dossel da floresta, elas ficam ali, e ao pé delas outros ciclos acontecem. No momento que a floresta naturalmente abre clareiras os ciclos de 20/30 anos acontecem, e lá estão as Transicionais observando tudo. Vem as secundárias iniciais, as tardias, e lá em cima as Transicionais já observam tudo, fazendo parte de todas as transições da floresta.

Acompanhando os ciclos da floresta, e não sendo elas o Ápice da floresta o Climax. 

E ai deveríamos trocar a nomenclatura atual de Climax para Transicional?