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Meus Canteiros Agroflorestais, 1 ano depois, manutenção e aprendizados

Essa semana recebi um comentário do Aristides Júnior no post sobre os➡️ Meus novos canteiros Agroflorestais, ele queria saber como tinham ficado os meus canteiros Agroflorestais, essa implantação nomeei como SAF-2, foi a segunda implantação que fiz, e por coincidência exatamente agora no início da primavera vai fazer 1 ano dessa segunda implantação. Aí pensei…nada melhor que retomar e fazer um post sobre essa área.

Os canteiros agroflorestais

Essa foto foi no dia da implantação quando estávamos plantando as mudas- Setembro de 2016

Hoje essa mesma área está assim:

 

1 ano depois mesma área- Agosto 2017

 

SAF-2 – 2017

Nesse ano a principal produção da área foi Feijão, Milho, Mandioca e Batata Doce.

Na implantação plantei feijão em todas linhas de árvores na lateral do canteiro, além de alguns canteiros principais.

O primeiro plantio de feijão na área foi em Setembro junto com a implantação. Essa colheita rendeu uns 20 kilos de feijão.

Na segunda rotação plantei feijão novamente no fim do período que ainda é possível plantar feijão. Em Fevereiro, acabei colocando em menos canteiros e apesar da qualidade do feijão ter sido muito boa, essa colheita rendeu uns 8 kilos.

Além disso plantei o milho junto com o feijão linhas de árvores. Que colhemos principalmente para milho verde.

Depois plantei mais uma rotação de milho em Fevereiro/Março, que pela falta de água não rendeu muito mas mesmo assim colhemos uma boa quantidade para as galinhas.

A Batata Doce me surpreendeu, colhemos bem uns 20 kilos,  e ganhou até um post só dela aqui:➡️ E vamo plantar batata! Primeira colheita de batata doce.

A Mandioca comemos algumas mais ainda não consegui acertar direito, sabe aquelas raizeszonas de dar orgulho?! 6 kilos por pé? Não sei se é a variedade ou o solo, solução? plantar mais para ver e aprender.

 

Depois dessas rotações entraram também algumas forrageiras como o nabo forrageiro, aveia preta, mucuna cinza e preta e sorgo.

As bananeiras estão começando a soltar os cachos e devo começar a colher daqui um mês mais ou menos…

Aprendizados

A manutenção dessa área é maior na primavera e no verão, quando o mato cresce bem rápido. Nessa área o principal trabalho é a roçada e capina. Nessa área fizemos esse trabalho em média 1 vez a cada 2 meses na área toda. “Mato”, plantas indicadoras, espontâneas ou como você quiser chamar, se adapta muito bem quando o espaço está livre. Um dos maiores aprendizados nessa área foi não deixar solo descoberto e sem nenhuma cultura escolhida por mim.

Alguns canteiros acabei “deixando para depois” com solo descoberto e sem semear nada. Esses espaços foram onde a manutenção foi bem maior depois.  Invasão de braquiária nos piores cenários.

Um exemplo foi um canteiro que tinha sido invadido por braquiária. A solução foi roçar encanteirar novamente  com a encanteiradeira ou enxada rotativa, cobrir o solo e plantar batata doce. Vi na prática como uma cultura que você tem interesse pode ser também a solução para diminuir o crescimento da outra, a braquiária voltou muito fraca e muito fácil de ser controlada enquanto a batata doce se desenvolveu bem e ainda rendeu batatas! 🙂

Outra coisa que já é possível observar é a redução das espécies invasoras onde o sombreamento é maior. Onde os eucaliptos, cedro e bananeiras já estão grandes, o crescimento dos capins já é menor.

Alguns errinhos…

O Cedro Australiano se desenvolveu muito bem e está com crescimento semelhante do Eucalipto, nesse consórcio foi onde eu mais errei… 🙁

Tanto o Eucalipto quanto o Cedro ocupam o mesmo estrato – emergente (➡️como assim estrato?) e em algumas linhas plantei os dois muito próximos. I

sso irá gerar um conflito e vou precisar escolher quem eu quero no sistema de acordo com os meus objetivos.

Nesse caso específico como meu interesse maior é pelo Cedro Australiano o manejo vai acontecer para que o Eucalipto não atrapalhe o crescimento do Cedro. Já comecei as podas direcionando e tirando o Eucalipto do caminho, podando os galhos. Vejo que em breve vou precisar tirar alguns pés conflitantes permitindo a rebrota do Eucalipto, mas principalmente não atrapalhando o desenvolvimento do Cedro.

Foi muito bom sentar para olhar para esse processo e para esse ano. Observar como a natureza responde rápido com uma ajudinha nossa. Uma área que estava anos parada sem nenhuma regeneração sendo apenas ocupada por Capins hoje já é um gostoso bosque produtivo.

E vamos que vamos… acompanhar como nesse próximo ano essa área reage a sua segunda primavera…